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Transformação digital no Brasil: por que acontece de forma lenta?

A utilização da tecnologia para a automatização e a otimização de processos nos mais diversos segmentos é uma tendência mundial cada vez mais forte. A isso se deu o nome de transformação digital.



No Brasil, essa jornada ainda ocorre de maneira lenta, em decorrência de alguns desafios e obstáculos. Nesse sentido, é importante que as empresas que estejam buscando realizar um processo de transformação digital, conheçam melhor essas dificuldades e consigam trabalhar de forma estratégica para vencê-las.


A transformação digital no Brasil é um processo que envolve diversas variáveis e apresenta um cenário bastante complexo, por isso acaba tendo um ritmo mais lento do que em vários outros países. Apesar disso, no Brasil, em alguns setores estão passando por profundas transformações que estão trazendo impactos positivos para muitas empresas, como corte de custos e operações mais ágeis. Para saber mais sobre esse assunto, confira o artigo a seguir!


O conceito de transformação digital

A transformação digital é o fenômeno de digitalização de processos, em que as tecnologias se tornam centrais e fundamentais para o funcionamento das operações. Com a virtualização das atividades, os sistemas se tornam estruturantes para o dia a dia de uma empresa, auxiliando na agilização dos seus processos operacionais e gerenciais e por consequência alavancando os resultados, através de automações e integrações de dados de maneira ampla.


Atualmente, a transformação não é apenas um conceito popular. A ideia se tornou a razão para determinar a competitividade entre as empresas — quem se adapta e começa a se transformar se destaca com melhores processos e atrai mais clientes. Dessa forma, criou-se um senso de urgência nas companhias ao redor do mundo para a realização de um processo de transformação digital, na medida em que o avanço tecnológico começou a promover uma digitalização de processos em todo o mundo e de forma acelerada.


Por essa razão, estamos vendo diversas iniciativas em busca desse processo se alastrando por empresas de diferentes portes e segmentos. Muitas organizações já adotaram a tecnologia como algo fundamental e já obtiveram melhorias significativas, com melhor uso de dados e sistemas. Em virtude disso, várias outras empresas estão tentando se adaptar para se manter no mesmo nível e continuar competitiva no mercado.


Já é claro para muitos gestores que investir na transformação digital é bom não apenas para melhorar os processos internos da empresa, mas principalmente para atrair e fidelizar mais clientes, agilizando os resultados por meio das automações e integrações de seus processos operacionais e gerenciais.


Vivemos em um mundo cada vez mais acelerado. Praticamente qualquer informação pode estar, literalmente, na palma de nossas mãos em apenas alguns segundos, com isso as pessoas buscam cada vez mais agilidade, mobilidade, segurança e precisão nos processos. Por isso, para considerar uma boa experiência ao consumidor torna-se cada vez mais indispensável o bom uso de tecnologia. Uma boa experiência leva à fidelização dos clientes e cria relações duradouras de negócio.


No Brasil, estamos vendo esse cenário se desenhar. Sistemas inteligentes estão atuando para trazer maior capacidade de autonomia e integração às operações corporativas.

Desse modo, é possível ver mercados inteiros se movimentando em direção às tendências mundiais em relação ao uso de ferramentas inovadoras. As companhias têm trabalhado de forma mais estratégica, com maior organização, reavaliando a cultura e aproveitando melhor a capacidade interna.


Movimentos como inovação e empreendedorismo, a proliferação de produtos digitais, uso de business intelligence e big data, bem como a exploração de canais digitais, tem feito parte cada vez mais das organizações que estão se transformando digitalmente.


Expectativas em relação à implementação da transformação digital no Brasil

No Brasil, o processo de transformação ainda se dá de uma maneira muito lenta. Isso ocorre por uma série de fatores. Um deles é o conjunto de crises pelo qual o país passou recentemente, o que fez com que as empresas cortassem os investimentos em inovação para garantir a sobrevivência.


Além disso, a resistência a mudanças também é um dos impedimentos à transformação. Muitos líderes e profissionais desconhecem a importância das soluções mais modernas e simplesmente ignoram o poder delas, preferindo ferramentas antigas e estratégias utilizadas há mais tempo.


Isso também tem a ver com a cultura de algumas empresas, que não favorece a disseminação de inovação. Por não focar na colaboração, na automação, na análise de dados, na coleta de feedbacks, bem como on uso de tecnologia de forma ampla, muitas organizações acabam criando seus próprios obstáculos para a transformação digital, com uma visão profundamente tradicionalista e obsoleta.


Um levantamento realizado pelo Exec, em parceria com a Panorama Research, definiu que a cultura é a principal razão de a transformação estar lenta no Brasil. O segundo motivo apontado foi a falta de um plano estruturado para suportar a inovação. Logo depois, é citada a falta de agilidade organizacional e falta de apoio dos líderes e acionistas.


Outra questão que leva a um cenário mais lento é a falta de profissionais qualificados. No país, muitas empresas ainda sofrem com vagas não preenchidas em áreas específicas, como programação e análise de dados. Aliado a esse aspecto está a falta de investimento em pesquisa e em TI por parte de órgãos governamentais.


Contudo, temos que deixar claro que a velocidade de adaptação da transformação depende muito do setor que estamos analisando. O setor financeiro, o de telecomunicações e tecnologia e o varejo são mais impactados pela digitalização, por isso, saem na frente nesse quesito.


Essa maior agilidade nesses setores deve-se ao fato de que, para eles, a mudança no comportamento do cliente foi ainda maior, o que gerou um senso maior de urgência nas empresas. Além disso, por mais que crises sejam obstáculos, elas também servem para impulsionar as mudanças para o digital. Afinal, é durante as crises que se torna necessário buscar maneiras criativas de solucionar os problemas principais.


Tendências a serem observadas no Brasil

Quando falamos em transformação digital, precisamos mencionar algumas tecnologias que tem se destacando no mercado e criado caminho para um futuro ainda mais transformador. Uma delas é a inteligência artificial, em suas diferentes versões: o machine learning e o deep learning. Os algoritmos inteligentes estão invadindo diversos contextos e analisando grandes volumes de dados internos e externos para auxiliar as organizações em processos de tomada de decisão com muito mais agilidade e autonomia, cruzando dados da corporação com dados do mercado e gerando insights de como a companhia pode evoluir.


Outras tecnologias em destaque é a computação em nuvem, que oferece recursos computacionais como serviço; cibersegurança, que corresponde aos esforços das empresas para proteger seus sistemas de ameaças do mundo virtual; automação de processos, que utiliza sistemas para executar operações de forma autônoma; e DevOps, um conceito que integra times de desenvolvimento de software com times de operação e infraestrutura a fim de gerar agilidade nas entregas.


Também podemos mencionar as metodologias ágeis, que apesar de não serem uma tecnologia, são metodologias de gestão de processos e projetos que surgiram dentro do contexto da transformação digital e que visam resolver problemas complexos em etapas, gerando um fluxo de entrega de valor continuo, com foco em colaboração e autonomia.


Aliás, falando em autonomia, uma outra tendência importante a ser observada, é a flexibilidade, uma das características mais forte das empresas inovadoras. Times que possuem flexibilidade e autonomia, produzem com maior confiança e conseguem entregar melhores resultados. Também vale citar a busca por melhoria continua e da resolução de problemas com análise de dados.


Dois exemplos de companhias que estão protagonizando esse cenário no Brasil são a Magazine Luiza, que investiu na digitalização do varejo com omnichannel e em otimização da experiência dos seus clientes; e o Nubank, que já nasceu digital e tem revolucionado o setor financeiro com serviços ágeis, gratuitos e controlados pelo celular.


A transformação digital no Brasil ainda é um fenômeno que segue devagar, embora apresente avanços no varejo, nos setores financeiro e de TI e nas telecomunicações.


É preciso, então, entender como esse processo se dá e quais são os desafios mais comuns — como as crises, a cultura das organizações e a falta de profissionais. Assim, é possível trabalhar especificamente para impulsionar a inovação em sua empresa.

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